30.6.05

enfermeiros são personagens insólitos e sádicos

- oi, eu vim trazer uns documentos que me pediram
- esses documentos são pra colar grau né? você vai assistir mais aulas hoje?
-se eu pretendo colar grau é porque não assisto mais aulas.
-ah, é. ( tec tec tec tec tec...)
-a. assina aqui e vem retirar o protocolo..bla bla bla bla, tá ouvindo?
-to, to sim...brigada tchau hein.
*escada, escada, esc....*abre os olhos*
-menina, não se mexe, você rolou da escada, tá tudo bem?
-ah??? ( se eu rolei da escada é obvio que não tá bem)
-vc rolou da escada, vem gente...
-não, não, (levanta) eu tô bem, não precisa , (sente o pé) foi tontura, nor...
*abre os olhos*mexe os pés*
-vc deu um trabalhão hein? desmaiou 3 vezes, tentou fugir e precisamos imobilizar teu pé...
-uh.
-mas o pior você ainda não sabe...*ajeitando um tubo*
-uh??? puts, você tá me enrolando *levantando*
-os seus pais estão vindo pra cá. ha ha ha

29.6.05

ashtanga não dói não
o que dói mesmo é a garganta
e o estomago, que enjoa enjoa

o peito também,
mas para esse já não tem remédio.
não senhor.

23.6.05

eu faço, eu desfaço eu refaço
sempre, e o tempo todo e é facil.


dificil mesmo é admitir explicar-se

22.6.05

fecho os olhos e vejo formiguinhas

café amargo.chá de camomila. agua morna. dramin. jejum. dedo na garganta. café amargo. limão. chupado e pingado na agua. como queima. injetaram veneno de escorpião nas minhas veias. não. foi ele todo. inteiro e vivo e isso me lembra um filme que assisti no cine trash, na minha adolescencia em que batiam uma aranha daquelas enormes e peludas no liquidificador e depois injetaram o líquido em alguém. arght, nunca passei tão mal como aquele dia. mentira.passei sim, e passo. chiclete. plasil. boldo. café amargo. sal de fruta. gengibre. mais chá. agua morna com sal. e isso, de longe, é a melhor parte. mas ta sempre tudo bem, meu bem.tudo bem.

21.6.05

hoje quis te ter comigo e nem estive perto. mesmo que fosse pra nada. sempre fui assim. quis os outros pra nada e me entregava pra tudo. meus olhos começam a ver as coisas ruins, mesmo com a ausência dos óculos. não tenho gostado de mim nesses dias. não gosto das coisas corridas sem pausas para o café. gosto mesmo é de coisas inventadas. realidades pintadas com lápis de cor e pastel. sempre achei os pasteis lúdicos, nome de comidinha para um bastãozinho colorido, numa caixinha imitando o arco-iris. será que você troca o jogo de futebol pelos meus pastéis? sinto um tanto de saudades de pessoas diferentes e sempre as mesmas todos os dias, falei sobre isso hoje com um amigo e então me dei conta.me canso de querer e imaginar mas não paro. nem posso. quero é que tudo seja real inventado de você para mim. meu mundinho de faz-de-conta.
Is that you, John Wayne? Is this me?

inverdades!!

Carolina
Fleumática. Melancólica. Deprimida. Você pode colocar o circo Orlando Orfey na frente dela e os Aqualoucos, tudo ao mesmo tempo, que ela não vai nem notar, perdida na própria tristeza. Ela é muito apegada aos amores que já foram e não vão mais voltar e, por mais que os outros digam que tantas lágrimas não vão mudar nada, vai ficar na mesma. As rosas nascem e morrem, as festas começam e acabam, os barcos chegam e partem. Só ela continua na mesma. Prozac nela.
Dica: mulheres sob o signo de Carolina vão ficar felizes, não muito, com sugestões sobre como melhorar as olheiras e os olhos fundos. Há varias receitas desse tipo na internet. Ao invés de mostrar estrelas cadentes, informe-lhe a esse respeito e ela lhe será grata para o resto da vida.
fonte ; Cracatoa

19.6.05

senhorita miséria

Mesmo sem nunca ter assistido, "gênio indomável" conseguiu subir no meu conceito. Só hoje descobri em sua trilha, a dolorida "Miss Misery", do Elliott Smith, que quase nunca sai do meu winamp.Além desse, tem música em mais três trilhas sonoras, sendo uma cover do Beatles. Mas não é isso que nutre minha paixão por ele, eu nem gosto de Beatles tanto assim, tenho mesmo é mania de referências cruzadas. Quase lembro do dia em que morreu, vésperas da primeira edição do Tim Festival, e eu louca, porque só teria no Rio. Mas não quero falar mais, talvez alguma outra hora, se alguém se interessar, agora, fica só a letra e a saudade , dele e de muita coisa.

alameda

“you walk down alameda shuffling your deck of trick cards over everyone
like some precious only son
face down, bow to the champion
you walk down alameda looking at the cracks in the sidewalk
thinking about your friends
how you maintain all them in a constant state of suspense
for your own protection over their affection
nobody broke your heart
you broke your own because you can’t finish what you start
walk down alameda brushing off the nightmare you wish
could plague me when i’m awake
and now you see your first mistake was thinking that you could relate
for one or two minutes she liked you
but the fix is in
you’re all pretension
i never pay attention
nobody broke your heart
you broke your own because you can’t finish what you start
nobody broke your heart
you broke your own because you can’t finish what you start
nobody broke your heart
you broke your own because you can’t finish what you start
nobody broke your heart
if you’re alone it must be you that wants to be apart”

18.6.05

einsturz

eu vou te desconstruir meu bem. e falo isso com todo carinho que eu possa ter. vou te descontruir por mim, e mais ainda por você. a verdade é que as imagens surgem de repente, criando vínculos. um verdadeiro clipe de uma música que poderia ser do cartola. criam as situações, momentos e conversas marcadas em segundos, minutos e horas. em dizeres, em não ditos, em silencios... e dentro de tudo isso, vivendo em hyper-speed, consigo assistir tudo icógnita, como quando fiz força para não ser vista hoje, subindo a ladeira ao sair do cinema. sozinha. desconstruir é doloroso, sempre é. tanto tanto que eu poderia chorar. mas eu não sou dessas meninas nouvelle vague que choram enroladas no cachecol, com o vento contra o rosto, nem vento se tem mais por aqui. desconstruir é romper, e recomeçar. mesmo sem querer, mesmo necessário. é todo um processo que eu detesto, porque detesto todos os processos. o fato é que vou começar a te desconstruir, meu bem. e começo por hoje. agora, nesse minutinho, algo que deveria ter sido feito há tanto tempo, e não por falta de seus pedidos mudos. desconstruir fio por fio dos cabelos,os olhos, os cílios, as pintas, a pele, a cor. som, cheiro, tom, voz, sorriso, dentes, língua. dedos, unhas e pés. eu vou te desconstruir, meu bem.e você não vai nem ligar. nunca o fez. eu preciso te desconstruir. até que já não reste mais lembranças ou gostos ou sons e números de telefone. até que já não reste mais nada. afinal, como todo auto-destrutivo, você não me dá outra alternativa, a não ser te desconstruir.

e tem texto antigo aqui

eu não sei se te interessa

mas tem link novo na lista ao lado.

17.6.05

Cornflake dreams

tenho ouvido tanto Tori Amos que começo a não me reconhecer mais. Eu poderia dizer que ela é do caralho. Isso se eu falasse palavrão, e se ela não fosse tão delicadinha, nas aparencias. Gosto dela, e daquele clipe que não me lembro o nome, em que ela roda, roda, roda dentro de uma caixa, toda dobrada, como na capa. Tudo tão claro, tão colorido, tão Amos.Gosto dela porque nem lembro a minha idade e achava as músicas dela doídas e agora percebi que não passam de músicas com letras adolescentes e ela já passou dos 30, e admite isso.Como admite muita coisa.E a Tori, ainda é amiga do Neil Gaiman,que por sinal, tem o mesmo nome que minha mãe. Uma das personagens de Sandman tem um poster da Tori Amos no quarto e sempre cita "Cornflake Girl", e isso é chapante.A Morte, meiga e alvinha, também tem a cara da Tori Amos e até já ouvi dizer que a Delirium é inspirada na moça. O que bem pode ser conversa de fanatico. Quem o é, sabe.O legal é que ela até escreve prefácios pro Gaiman, e olhando assim, eu não diria não.E ela lembra mesmo a Kate Bush, e isso me faz lembrar Orlando, ou ainda alguém que usa a música como catarse, mas só ela conseguiu ser personagem de Gaiman, que eu preciso assumir que gosto. "Little Earthquakes" é totalmente isso, ele e ela nem mesmo se conheciam e fica assim, tudo imerso. Daqueles discos com nomes estranhos, que você franze as sobrancelhas achando que vai ouvir mais uma Enia, para logo em seguida querer já comprar o original.

Gregg Araki

Americano de origem asiática, japonesa acredito, que costuma fazer filmes bons e cults, com a ajuda e atuação de amigos."Doom Generation", que tem a participação de Perry Farrell (aquele do Jane's e do Porno), é a história de Jordan White e Amy Blue, ele interpretado por James Duval, que fez também o papel do Frankie, do Darko, e ela,Rose McGowan, além de participar daquela série péssima "Charmed" era a namorada de M. Manson, na época. Enfim, o casal dá então carona para o bonitão Xavier Red, vivido por Johnathon Schaech, que era o vocalista do the Wonders em "that thing you do" e trabalhou em "Splendor", também do Araki, além de ter recusado o papel de Jesus Cristo, no filme do Gibson. Chega, que isso aqui não é resenha de filme.

16.6.05

tem mensagem para você

Why use expensive and potentially unsafe MedicalMethods when
you could be usingAllNatural HerbalTiberiusErectus.
eu ganhei o dvd de uma de minhas bandas preferidas;
eu ganhei o dvd de Amélie Poulain, que como boa seguidra de cliches, também é um dos meu preferidos;
eu peguei emprestado o dvd de Full Metal Jacket com um das minhas melhores amigas,

e acabei de derrubar tudo atras do armario embaixo da minha cama.

15.6.05

sou bagre, só falo m*

se eu fosse levar em consideração a expressão das pessoas enquanto eu falo, acho que não abriria mais a boca, nem pra comer. foi a conclusão da minha viagem jaçanistica em companhia de Herr Tosetto.o problema é que a cabeça trabalha muito e só de tocar em assuntos um milhão de textos foram feitos e a uma progressão geométrica do mesmo número foi registrada só em referencias cruzadas. desse jeito eu vou ficar aqui explicadinha dando aulinhas pro resto da vida, que já não é lá muito longa mesmo. o problema é que vai ser chato, não pra mim, que sou a dona da compulsão, mas pra alguém que por acaso entre aqui.

serviço de atendimento ao consumo interno I



Esse é o Donnie Darko, interpretado por Jake Gyllenhaal, que também trabalhou em "por algum sentido na vida" com a Jennifer Aniston que, por sua vez não merece nenhuma referencia.É casado com a Kirsten Dunst, que apesar de fazer uma Mary Jane meia boca em Spider man, foi maravilhosa como a mais velha das "Virgens Suicidas", além de ter virado a vampira mirim no esquecível "Entrevista com Vampiro". A irmã dele, Maggie Gyllenhaal também participou do Darko, no papel de sua irmã, além de trabalhar em filmes bem legais como "Adaptação" e "Cecil B. DeMented".
Pra completar o quadro, pelo menos por hoje, não posso esquecer de falar que a cena de abertura de Donnie tem como trilha sonora "Killing Moon" do Echo, o que já vale pelo filme todo e, se não bastasse ainda tem The Church, com "Under the Milk Way", batida, mas pelo menos ainda é The Church. É uma trilha boa, tão boa quanto a do Virgin Suicides, feita pelo Air, ou a dos Tenembauns, que não tem nada de "Air" e que fica pra outro texto.

12.6.05

sou estabanada por ser violenta, e nessa violencia que me encontro sou desastrada e acabo por derrubar e quebrar, estragar coisas. sou violenta porque é assim que lido com a minha dor, que não é nem melhor, nem pior que a de ninguém, é apenas aquela que eu posso retratar fielmente, ou quase. é aquela que eu vivo e conheço em cada retorção de entranhas e lágrimas salgadas. e nesse lido dessa dor que é tão minha, para transformar na dor do outro eu destruo e, sem perceber, as vezes saio por aí quebrando coisas, quebrando coisas, quebrando coisas, quebrando coisas, quebrando coisas, quebrando coisas quebrando coisas, quebrando coisas, quebrando coisas, quebrando coisas, quebrando coisas, quebrando coisas, quebrando coisas, quebrando coisas, quebrando coisas, quebrando coisas, quebrando coisas, quebrando coisas, quebrando coisas, quebrando coisas, quebrando coisas, quebrando coisas, quebrando coisas, quebrando coisas, quebrando coisas, quebrando coisas, quebrando coisas, quebrando coisas, quebrando coisas, quebrando coisas, quebrando . para então começar restaurá-las. res-tau-rá-las.

10.6.05

gore-cool-korean

clockwork orange revisted o_o

-é impressão minha ou o relógio da tok stok está sempre desregulado?

8.6.05

cara, cadê minhas plaquetas?

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7.6.05

vantagens do esporte noturno no reduto boemio

coopper o-de-lay
com o cachorro ao lado.

5.6.05

before the sunrise

"sempre me sinto anormal por não conseguir seguir em frente. as pessoas têm um caso ou até relacionamentos, terminam e esquecem tudo. mudam como trocam de marca de cereal. sinto que não esqueço as pessoas com as quais estive porque cada uma tem qualidades específicas. não dá para substituir ninguém. o que foi perdido está perdido.

cada relacionamento que termina me magoa. nunca me recupero. por isso, tenho cuidado quando me envolvo com alguém porque dói demais. eu evito até transar porque vou sentir saudades mundanas daquela pessoa. tenho obsessão com pequenas coisas.

talvez eu seja louca, mas quando eu era menina, minha mãe disse que eu sempre chegava atrasada na escola. um dia, ela me seguiu para saber o motivo. eu ficava vendo castanhas caírem na calçada ou as formigas atravessarem a rua ou a sombra de uma folha num tronco de árvore. coisas pequenas.

acho que com gente é igual. vejo pequenos detalhes específicos de cada coisa que me comovem e sinto saudades deles depois. não se pode substituir ninguém porque todo mundo é uma soma de pequenos e belos detalhes. lembro que a sua barba tem fios avermelhados e que o sol os fez brilhar naquela manhã, um pouco antes de você partir. lembrei disso, e senti saudades. é muito louco, não é?"

4.6.05

the shining



camisetas autoexplicativas para consumo diário

2.6.05

querido diário:

hoje eu peguei o resultado do meu primeiro exame de sangue remissivo.
alguém por favor, me dê os parabéns?

1.6.05

cadê esse frio, hein?

pois é.
outro mês acabou e o cd loucurinhademeudeus tá lá.
no mesmo lugar.
(20% de desconto para quem merecer)