30.5.05

e eu escrevo e apago as coisas aqui desordenadamente simplesmente porque eu penso e despenso coisas assim, desordenadamente. ou ainda, como diz o marido de uma grande amiga - eu descordo-me de mim mesmo- e ponto. e as tais manchas pretas, roxas e assim por diante parecem estar sumindo.acho que medicina ayurvédica é realmente a mais antigas das terapias do futuro, logologo posso sair de casa sem medo de ganhar um mégalohematoma quando alguém me cutucar pedindo informação. as hemorragias vão bem obrigada. quer dizer, bem para mim, já que elas sumiram. mas também não sei mesmo o por que de escrever tudo isso aqui já que não interessa pra ninguém e mesmo que interessasse(?) ninguém lê. crise de ninguém me ama, ninguém me quer descontrol e é mesmo, afinal, se alguém meamassemequisesse responderia qualquer bobagem ali, no ultimo post não deletado em que eu convidei qualquerumzinho pra me acompanhar no cinusp, e nem resposta eu tive. isso por serem filmes bacanas, passados, mas bacanas, e de graça ainda. quem liga se o cinusp é feio e cheira mofo?

25.5.05

adolescencia dificil essa

tem uma hora que enche. enche o saco, tudo enche. enche o saco fazer esforços, quando todos são inúteis. enche o saco acordar e olhar pro teto e ver a mesma coisa.olhar pro lado e ver a mesma parede branca encardida pela mancha do meu corpo. corpo que nem deveria estar ali. enche o saco não ser egoísta o suficiente para pensar em mim e ser egoísta o suficiente para querer que você pense em mim.quero fumar mas não posso fumar. quero beber mas não posso beber. mesmo sabendo que tudo vai acabar do mesmo jeito e isso ja se tornou uma idéia fixa. alguém podia mesmo era antecipar isso.o doutor disse que não pode.encho o prato de remédios e minha saúde vai embora. quero usar o telefone mas queria mesmo que ele tocasse. tem uma porta enferrujada dentro do meu peito e ela não para de ranger.dessa vez foi o meu prazo que expirou. mais que azeda acho que estou embolorada. embolorada dessa chuva, desse apartamento, dessa tela amarelada. amarga. quero dormir, mas sei exatamente o que vou sonhar. enche o saco ser auto-biografica. enche o saco escrever para as paredes. mas eu preciso. não quero precisar de nada. mas quanto menos eu quero, mais está lá a minha necessidade.sua. o problema nem mesmo é querer. o problema é precisar.

24.5.05

alguém me acompanha, por favor?

pequenos dramas cotidianos ou, como a memória nos prega peças estranhas.

a mente da gente é um verdadeiro buraco negro.
passei toda minha infancia em uma casa de suburbio bonita, majestosa e equipada com todo tipo de travas, cadeados e correntes. num dia qualquer de um dos doze meses do ano de 1985, brincavamos de casinha, eu e minha irmã, no jardim em frente à casa, dentro dos limites demarcados pelas grades cinza do portão e, uma das panelinhas-de-plástico-cor-de-laranja-com-detalhes-em-marrom, rolou pela rampa de acesso, passou por uma fenda e caiu na calçada. com pressa e sem titubear descemos e pedimos à primeira pessoa "se podia pegar porque a gente não pode sair". um homem branco de barba e bigode castanhos, com aparência de 30 anos, abaixou e me entregou sorridente, o brinquedo. bonzinho e simpático que foi, conversou durante uns minutos e me chamou bem próximo. doeu. no primeiro segundo senti cócegas, e a vergonha me empurrou um passo atras, mas moço prestativo me puxou pelo braço estendido pra pegar a panelinha. e então doeu, mas não o braço.
os gemidos da mão estremecida
os brinquedos do tempo de criança
o sorriso fugaz de uma esperança
e a primeira paixão da nossa vida
o adeus que se dá por despedida
e o desprezo que a gente não merece
o delírio da lágrima que desce no momento de angústia e de desgraça...
tudo passa, na vida tudo passa
mas nem tudo que passa a gente esquece


-c. pedrosa

23.5.05

die narbe

viver
é cobrir os outros
de cicatrizes
e ser coberto

21.5.05

drama queen 3000

se o ciúme é mesmo amarelo, acabo de me descobrir a rainha da manga.
não gosto disso. mas relutar. relutar é apenas sofrer duas vezes. ruminar
e sofrer de novo. nunca quis ser a dona. queria mesmo é ser musa. tenho
um nó na garganta e uma bola de neve no estomago. muito maiores que
um câncer na cabeça. isso faz enjoar também e meus olhos lacrimejarem
mas não. eu não estou chorando. eu não choro nunca.

20.5.05

the biggest lie

i'm waiting for the train
the subway that only goes one way
the stupid thing that will come to pull us apart
and make everybody late
you spent everything you had
wanted everything to stop that bad
and now i'm a crushed credit card registered to smith
not the name that you call me with
you turned white like a saint
i'm tired of dancing on a pot of gold flake paint
oh we're so very precious, you and i
and everything that you do makes me want to die
oh i just told the biggest lie
i just told the biggest lie
the biggest lie


-E.Smith

braço direito

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18.5.05

"Não existe pecado do lado de baixo do equador
Vamos fazer um pecado rasgado, suado, a todo vapor"

17.5.05

Camila diz:
não entendi nada.. vc tirou seus peitos?
pinup v2.5 diz:
camila, meus peitos são falsos!
Camila diz:
meu deus!!!
Camila diz:
onde vc comprou??
pinup v2.5 diz:
eu sou homem, vai dizer q vc não sabia?
Camila diz:
besta
Camila diz:
explica essa foto aí
pinup v2.5 diz:
eu, tatuagem
Camila diz:
e cade seus peitos po?!

15.5.05

a genética explica

já que eu não consigo nem mesmo pegar em agulhas de crochê e pintar em um apartamento tem sido uma tarefa um tanto árdua resolvi direcionar tooooda minha criatividade e todo o tédio nas minhas,
desculpem a franqueza, melhores criações culinarias.e, enquanto eu não crio coragem de escrever o meu próprio livro, eu bem gostaria de ganhar alguma inspiração, por mais fútil que pareça a certos olhos. se eu tivesse pelo menos meia dúzia de leitores sugeriria uma simpatica "vaquinha".:)

13.5.05

to sir with love

"It's a very happy day
We are at lots of fun fun fun
And it's ice-cream and jelly
and a punch in the belly
How much can you throw over the walls?"

10.5.05

a flor, a dor...baby

receita para refrescar a memoria:dois tantos de tropicalismo.um de caetano,outro de gal.uma porçao de figuras de linguagem.um certo exagero, algumas verdades.uma pitada de um desespero agradavel.outras, coincidencias.rimas.florear bem.malemolencia boba silencios rispidos.misturar com um pouco de dengo e algumas horas de cafune.servir.
muito mais doce que ginko biloba


"Você precisa saber da piscina
Da margarina, da Carolina, da gasolina
Você precisa saber de mim
Baby, baby, eu sei que é assim
Você precisa tomar um sorvete
Na lanchonete, andar com a gente
Me ver de perto
Ouvir aquela canção do Roberto
Baby, baby, há quanto tempo
Você precisa aprender inglês
Precisa aprender o que eu sei
E o que eu não sei mais,
e o que eu não sei mais
Não sei comigo vai tudo azul
Contigo vai tudo em paz
"

*puf*

8.5.05

life on mars

It's a god-awful small affair
To the girl with the mousy hair
But her mummy is yelling "No"
And her daddy has told her to go
But her friend is nowhere to be seen
Now she walks through her sunken dream
To the seat with the clearest view
And she's hooked to the silver screen
But the film is a saddening bore
For she's lived it ten times or more
She could spit in the eyes of fools
As they ask her to focus on

Sailors fighting in the dance hall
Oh man! Look at those cavemen go
It's the freakiest show
Take a look at the Lawman
Beating up the wrong guy
Oh man! Wonder if he'll ever know
He's in the best selling show
Is there life on Mars?

It's on Amerika's tortured brow
That Mickey Mouse has grown up a cow
Now the workers have struck for fame
'Cause Lennon's on sale again
See the mice in their million hordes
From Ibeza to the Norfolk Broads
Rule Britannia is out of bounds
To my mother, my dog, and clowns
But the film is a saddening bore
'Cause I wrote it ten times or more
It's about to be writ again
As I ask you to focus on

Sailors fighting in the dance hall
Oh man! Look at those cavemen go
It's the freakiest show
Take a look at the Lawman
Beating up the wrong guy
Oh man! Wonder if he'll ever know
He's in the best selling show
Is there life on Mars?


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7.5.05

Ainda é cedo amor
mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
em saber mesmo o rumo que irás tomar
Presta atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões a pó
Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés

6.5.05

malditas são as lembranças

tingem de tons pastéis tudo que passou.o vermelho desbota, virando um rosa apagado e enevoado .glamour de amores velhos pra contar depois. onde vai parar todo o sangue de um amor infeliz? fica uma mancha enferrujada, nada do sangue escarlate. nada que sequer lembre que era realmente sangue.meus amores se enterram no meu peito como punhais de sonho, quimeras. cortam e depois se desfazem.fica a lembrança vaga da dor.

5.5.05

*blink*

"eu coloquei o link para o seu blog, lá no meu" - e desde então a curiosidade me comia o ventre para saber a descrição dada a este, já que não temos tamanhas intelectualidades ou anedotas espirituosas. e bem sei que é dado a fazer descrições criativas sobre aqueles que enlaceia. desci subi corri. *colírios*, sorri. e gostei. ainda sabendo que disso eu não tenho nada. não mesmo.
onde os jogos estão escondidos achei alguém que não necessariamente precisa ser percebido.corri por entre corredores repletos de prateleiras contendo inúmeras mentiras para alcançar.me vi em meio de jogos sujos e brincadeiras sem a menor graça me afoguei num sentimento tão maior que eu e acabei me perdendo.escrevi tudo num português tão medíocre que ninguém leu.

3.5.05

How did they ever make a movie of

falando sério

é a quarta crise no mês de maio, e ainda estou no dia três... mãos geladas, dor atrás dos olhos, e muito enjôo. impaciente, carente, querendo colo e com medo. muito medo mesmo. de parar as pernas, calar o choro.fechar os olhos e nunca mais abrir.vontade de sumir do planeta, sem deixar rastro ou vestígio e ainda assim ouvir uma voz como conforto.

2.5.05

meow

1.5.05

um pouco de muito

tanta coisa acontecendo que nem consigo falar. rápido demais, correria demais, mudanças de.quando as coisas são assim, costumam assustar, sabe? é como me estou agora: assustada com tudo, apesar da calma aparente. duvidas, duvidas, duvidas. só uma certeza secreta. não adianta desespero, nem choro, nem vela. é vivendo que a gente aprende, certo? então vamos lá.