a chuva fluminense é mais melancólica que a chuva paulista... mesmo quando em boa companhia. o verde do morro ao lado não combina com o azul anuviado emoldurado pela janela de alumínio sem persianas. frio intenso. a decoração vermelha do meu quarto parece tão sem sentido quanto o coração de pelúcia. tomo café extra forte em xícaras grandes junto com doses cavalares de paracetamol. eu não deveria precisar de nada disso mas minhas fraturas agudam e o pensamento não pára. olho meu pé arroxeado contrastando com o tapete branco e faço piadas sem graça sobre etiquetas de necroterio. umidade. ganho um sorriso e um abraço. uma tentativa de conforto inútil mas que faz querer quebrar o corpo todo mas pulso já não me deixa ouvir mais nada.

ultra

pq como diz a nossa colega lá no youtube, o que faz mal é mesmo o papelzinho.

what is life without passion?
what is passion without fire?
what is fire without air?
what is air without dream?
what is dream without love?

alice

lambuze-se e, como eu, inspire-se =)

"Oh yeah!
Alright!
Are you gonna be in my dreams...
Tonight?"

tenho uma série de textos no modo rascunho, que não fazem a menor questão de sair de lá.

e por quanto mais eu penso, menor é minha vontade de escrever.

Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito sono de manhã

Celebro tudo com vinho e amor...
Porque o fim também é um começo.

ossos do ofício

conclusão:

milhões de coisas bacanas acontecendo e eu presa à cadeira lendo MACABEUS, EPÍSTOLAS, APOCALIPSE e outros mais.

hoje eu acordei meio Dalai Lama.

sand.

"Young woman share your fire with me
My heart is cold, my soul is free
I am a stranger in your land
A wandering man, call me sand"

divinamente viciada em todas as versões dessa musica.

longe de mim querer as referências, os sinais e as coincidências.
também não sou religiosa, macumbeira ou superticiosa.
mas sr. bateirixta-filé fazer aniversário em dia-de-santo-antonio é mesmo demais pro meu ceticismo.

ossos do ofício

cabelo escovado, lente de contato, maquiagem de menina e sapato fininho.
.
.
.
" A: tenho algo aqui que você vai gostar de revisar. é-a-sua-cara.(*)
C: hum...que bom.
A: espera...ah, tá aqui.
C: pô... mas logo o apocalipse??? o_o"


*alguém por acaso já ouviu um " é a sua cara" que seja mesmo a sua cara?

"praga de mãe pega."

toques de surrealismo num fim de semana suburbano

algumas pérolas guardadas para os momentos mais oportunos. o diabo saindo pela pele. considerações estranhas, divagações idem. cerveja no meio fio. conveniência de bairro nobre. impossível mesmo é ser-se boêmio na barra funda. botecos fechados enquanto crianças e cachorros pintam bandeiras no asfalto depois da meia-noite. (meus valores são os valores dos meus pais) febre. programa na vila madalena enquanto o latino usa camisetas do rancid pela enésima vez. o diabo continua saindo pela minha pele. a minha cabeça não para de trabalhar. e o pulso ainda pulsa.

da série: s melhores duetos de todos os tempos

ainda que improvaveis.

Mike Patton e Norah Jones.

Sucker.

truismo de hoje

felicidade é um bom prato de arroz e feijão frescos,
com uma bela porção de bananas fritas.

Peeping Tom

ladies and gentlemen, Mr. Mike Patton.

supercuerdas

não

eu deveria escrever sobre bolobolo, mas não estou com vontade
eu deveria escrever sobre neubauten e os banheiros do blixa, mas eu também não estou com vontade
eu deveria escrever também sobre Jan Svankmajer e sobre Supercordas, mas esse, não sei porque, eu consigo menos ainda e nem é falta de vontade.

musica ao quadrado?

Us.In.Two.

quem precisa de goth chic

"Gothic Rock, o rock gótico. Tudo bem que no final dos anos 60 ,os pioneiros do Heavy-Metal, Black Sabbath, com seu som vauvulado , aja utilizavam de climas mórbidos , e temas que vão desde o satanismo explícito, bruxaria , a viagens à base de drogas . Mas a estética visual , musical , comportamental, veio com a verdadeira escola de arte que se chamou Bauhaus, juntamente à outros nomes importante..."

psicodelia em vodka submersa

"um sono de maracujá
eu quero ter pra te sonhar
e a flor mais colorida te mostrar..."

eu não consigo imaginar alguns desatres.

doida, doida, doida diz:
vá cagar
pinup diz:
ahahahhahahahahaha
pinup diz:
agora durmo bem
doida, doida, doida diz:
eu estou me matando com coisas importantes e vc me mostra o monstro do lago ness?
pinup diz:
ahahahahhahahah
doida, doida, doida diz:
vc não é uma boa menina
doida, doida, doida diz:
alterna me mostrar PMs toscos, a indie-down e a coisa-mais-feia-e-sem-noção-já-criada-pela-humanidade.

punk brega

eu tenho uma tatuagem escrito eu te amo

e agora além da Tina, me apareceu uma Simone também...

filosofia aplicada

nos mais diversos suportes.

nocturne

A.N.A.: Amorous Nocturnal Angel

C.A.R.O.L.I.N.A.: Cutie Adeptly Rendering Overwhelming Loving and Intense, Naughty Affection

daqui, roubado de um bloguezinho aí.

tootsie

algum tempo atras estudei alemão em uma escola particular em santana.o professor era um cara simpático, magrinho-magrinho, usava piercing, ouvia boa música e era casado com uma garota bonita. em pouco tempo passamos de amigos para confidentes. acabamos perdendo contato pelo destino. ontem ele me achou no tal "site de relacionamentos". está mudado, eu diria. tem um par de peitos tão respeitáveis quanto os meus e atende pelo nome de Tina.

confidências muito intimas

Eu consigo enganar você e o mundo com o sorriso estampado.
Mas não consigo fugir de mim mesma.

como fazer amigos e influenciar as pessoas.

- hum. que que tá escrito nessa sua camiseta ae?
- comigo?
- é. que que tá escrito nessa sua camiseta ae?
- ah. nome de banda...
- ah é? e como fala esse nome ae?
- bla bla bla.
- e é de que? nunca ouvi falar ó... cê sabe o que quer dizer? cê é da letras, que eu sei...
- bla bla bla
- bonita...cê comprou na galeria?
-*suspiro* não...na verdade eu não comprei. quer dizer, eu troquei.
- é mesmo? então quer dizer que além de budismo você é chegada neles aí é? trocou como? eu num tô sendo chato não, né?
- *respira fundo* naverdadeeuviumamoradoraderuavestindoacamiseta esurteifiqueiinconformadaeofendidaatravesseiaruaoferecimeus10reais dobolsotireiacamisetaqeutavaevolteidetoppracasamasissojáfazum tempinhojá...
- ah...só...você é esquisita...

heresia, heresia...

mas é que eu chamo de Celebrity Deathmatch.

uma vida em forma de espinho.

vinte e seis anos,

mil projetos abandonados,

meia duzia de saudades,

um doido novo me perseguindo

e uma espinha na ponta do nariz.

mais um ano que se passa.

esperanças frágeis travestidas de mau humor matinal.
cheiro do café ainda fresco. pasta de dente. estalos involutários na coluna. o cão foi sacrificado porque cheirava mal e a histeria coletiva decretada. dia bonito de sol amarelo ouro. desejos ocos refletidos em agradecimentos secos. almoço bonito. amigos queridos. presentes surpresa. regojizo de sushis e banana flambada.bolo da dulca pra coroar a rainha.

show do echo cancelado, né?

da tentativa de uma conversa inteligente.

- eu gosto muito de jack johnson.
- hum. eu não.
- ah, isso deve ser pelo fato do preconceito seu com relação às pessoas que ouvem o tipo de música que ele toca. os surfistas, sabe?
- (?!?!?!?) não, não. gosto bastante de surf. e de surf music. mas não gosto de J.J.
- ah, então mas você tem que concordar que as letras dele são otimas.
- pois as letras são exatamente o que eu acho de mais medíocre.
- ah, ele fala muitas coisas super legais. eu não concordo que sejam medíocres. ainda mais quem me diz que gosta de nick cave.
- (?!?!?!?!?!?!?!?)

hummm, eu gosto da propaganda nova do estadão.

eu sei. tem a fernanda young. e isso já seria motivo suficiente.

mas eu gosto. mesmo ainda lendo o concorrente.

3 sílabas.

ol-ca-dil

você sabe que atingiu um determinado nível de intimidade quando :

-ah, se ele não fosse bem menor que eu, e seu ex-marido eu daria em cima dele com certeza.
-hum, mas você pode dar. ia ser legal. ele é muito legal.

da falta que faz uma tv a cabo.

"corra que a polícia vem aí e algum número ridículo" no sistema brasileiro de televisão e "o diário de bridget(?) jones" na record noite passada. eu não sei como se escreve esse nome, e não vou me dar ao trabalho de procurar. pensando bem, nada combina mais com uma "noite internacional da mulher" do que uma gordinha, desastrada, loser, mal sucedida profissionalmente que se submete a usar uma roupa ridicula de playmate para agradar o chefe bonitão. hum, até que a record acertou.

do temperamento físico

- tá, mas ele não tem explosões de raiva.
- ah, tem sim. você que não conhece ele ainda.
- tá, mas ele não se quebra todo por isso.
- não se quebra porque é mole. aliás, todo mole.
- ha ha ha

sabe da onde?

o livro de cabeceira.

(I'll love You) till the end of the world.

heaven is of honey

descobri que sou diabetica em dois mil e três. há três anos portanto. passei então à dietoterapia, sem consumo de carboidratos, doces, alcool etc. obviamente, sem resultado. mais um probleminha aqui, outro ali e acabei ganhando a indulgencia da ans para manipulação do elixir mágico que curaria todos os meus problemas desde que, eu continuasse com a alimentação equilibrada, é claro. isso não seria problema nenhum se o tal remédio para diabetes não me desse mais fome.weird.

das narrativas carnavalescas.

locutor: - "fulaninha" é verdade que o "ciclaninho" quase nasce numa quadra de samba?
fulaninha: - é verdade, quando o "ciclaninho" nasceu, a mãe dele estava grávida.
locutor : - mas que maravilha!
.
.
história verídica

louva quem?

"disseram-me que na China, encontrar com um louva-deus pelo caminho é sinal de muita sorte, ou ainda, um milhão de dinheiros."

hoje, um legítimo exemplar deste voraz predador natural encontrou comigo. entrou rasante pela janela do quarto, bateu contra a parede e caiu no meu colo, bem aqui nesta cadeira, bem aqui em frente à maquina. em vinte anos morando no subúrbio selvagem e isso nunca aconteceu. agora eu moro no quarto andar da cozinha do inferno. isso deve ser mesmo sinal de muita sorte.

listen to the girl. as she takes on half the world. moving up and so alive. in her honey dripping beehive. beehive. it's good, so good, it's so good. so good. walking back to you. is the hardest thing that i can do. that i can do .for you. for you. i'll be your plastic toy. i'll be your plastic toy. for you. eating up the scum. is the hardest thing for me to do. just like honey.

aqui tá quente aqui tá frio.

-o mais terrível e cruel concorrente do apocalipse já está sobre a terra e atende pela vil alcunha de micareta. sua forma de ataque é o axé e seus cavaleiros, os temerosos chiclete com banana e asa de águia, além dos aprendizes.

e por onde andará minha palíndroma, uh?

será que alguém pode avisar para as pessoas que o bono-engajado-bono, já foi embora e elas podem voltar a ser sanguinárias, medíocres e mesquinhas como antes?

obrigada.

se o amor é cego...

mil vezes o fado
de manter os olhos fechados
só para não ver
a menina do olho errado

quando os teus lábios
na minha mão pousaram
todas as linhas se alongaram

ah

and they dry sometimes. sometimes.

tudo para dizer o obvio.

ocupo espaços demais. sempre e sempre. ocupo e apago muito como se quisesse assim apagar o passado. como se quisesse. quem nunca brincou com fogo, sofreu por amor ou quis apagar o passado? não mais ocuparei novos uns. pelo menos por enquanto. mas quando a gente vê, já foi. como um vício. é um vício. com a vantagem de postar, editar, deletar. palavras novas para mudar o egoísmo passado dos espaços apagados. eu faço, desfaço e refaço, tudo e o tempo todo como eu sempre digo mas. tudo isso pra enrolar enrolar e dizer que, não sei se posso mais. veremos.

.

se ler as angústias de uma pinup moribunda já não era lá. que dizer de uma yogini recém (re)inventada.

d'_'b : Smoke City = Todo o nada.

quando está por perto, faço tudo errado. você olha pra quem não deveria ser notada, fala as coisas que eu não quero ouvir. mas quando você não diz, faz tudo certo. só me olha e sorri. e o sorriso contém o eu te amo que eu queria ouvir. o sorriso meu, que eu desenho como quiser. a sua falta de palavras é o meu parque de diversões e meu temor. quando você se cala, alguém me diz que você está dizendo que desmontaria o seu castelo para tentar entrar no meu. mudaria o seu mundo e viria para a minha bolha-dor-de-rosa. não tenho respostas, não vou ao cinema aos sábados à noite, não uso salto caramelo. mas te protejo até dos magos, dos dragões e dos anões; em minha bolha. até dos anões. mas quanto maior a queda da montanha russa, melhor ela é. quanto mais dói, mais amor. então caio demais. porque dói, mais do que já doeu. e dói porque é amor meu. amor inventado com personagem fictício. esse alguém que não existe, e é por isso que não vem pra mim.

pois eu faria uma proposta mais ousada:não cortar relações se doer. é. passar além da dor. porque todo mundo pára quando dói e nisso não há nada de especial - é a gente parando nos traumas e no egoísmo. e pra se conhecer tem que haver sofrimento, porque a gente é uma sacola de gatos e alguns gatos estão pesteados, e sempre é ruim quando a gente acha eles lá, encolhidos e babando.

"...eu.Sou ABSsolutaMeNTE inCaPAz dE EscrEveR
sobRE O meu CotiDIano AssIM, TodoS Os d.Ias
comO manDa O fIgUrInO..."

*click*
tu
tu
tu
tu
tu
tu
tu
tu

*fluidez estática*

nem como pão nem gosto de gema de ovo
talvez por isso eu suspire ainda. talvez.

eu não sei quem destruiu mais o meu cérebro;

julio, foucault ou o cara que gostava de oswaldo montenegro

e nem assim consegue o meu desprezo.

Nur Was Nicht Ist

"ANDREW UNRUH: O logotipo da banda veio do Blixa. (...)
FM EINHEIT: A cabeça do boneco Neubauten simboliza o Sol. Em "Kalte Sterne", há lá um Sol. O símbolo dos Neubauten mostra um ser humano muito poderoso.
FRITZ BRINCKMANN: Curiosamente, dez ou doze anos depois, o meu pai conseguiu, após algumas visitas à biblioteca pública bávara, determinar exactamente a caverna mexicana onde estava esta pintura rupestre. Durante bastante tempo, quis muito fazer uma sessão fotográfica com os Neubauten naquela caverna. Mas para chegar lá é preciso ter alguma técnica alpinista, o que não é tão fácil assim. "


(Trecho de "Nur Was Nicht Ist, Ist Möglich / No Beauty Without Danger", de Max Dax e Robert Defcon, recentemente publicada através de edição limitada disponível no site do grupo. )

mudando o som ambiente

"e se um dia eu tiver alguém com bastante amor pra me dar,
não precisa sobrenome pois é o amor que faz o homem..."

gal em meu nome é gal de sessenta e nove.

essa música dói

I hold this letter in my hand A plea, a petition, a kind of prayer I hope it does as I have planned Losing her again is more than I can bear I kiss the cold, white envelope I press my lips against her name Two hundred words. We live in hope The sky hangs heavy with rain Love Letter Love Letter Go get her Go get her Love Letter Love Letter Go tell her Go tell her A wicked wind whips up the hill A handful of hopeful words I love her and I always will The sky is ready to burst Said something I did not mean to say Said something I did not mean to say Said something I did not mean to say It all came out the wrong way Love Letter Love letter Go get her Go get her Love Letter Love letter Go tell her Go tell her Rain your kisses down upon me Rain your kisses down in storms And for all who'll come before me In your slowly fading forms I'm going out of my mind Will leave me standing in The rain with a letter and a prayer Whispered on the wind Come back to me Come back to me O baby please come back to me.

hoje eu poderia ter ido ao cinema com a renata
hoje eu poderia ter saído com a andréa
hoje eu deveria ter ido à faculdade

e eu não consegui sair de casa.

a musa do coletivo

hoje ao meu lado sentou um senhor muito velhinho. velhinho mesmo, desses que passam dos noventa, arcadinhos. terno cinza, boina e bengala. sentou ao meu lado sussurrando licença. abri o olho direito, sonolenta e sorri amarelo. dormi, como sempre durmo nos onibus. quando desci, também pedi licença e agradeci, assim automatico fazendo a linha educada. o velhinho entortou as pernas pro lado, liberou a passagem e sorriu paternalmente. quando eu passei me chamou de gostosa.

as coisas ao nosso redor viram poeira e a gente demora para se dar conta.

e a frase martelou minha cabeça durante todo o resto do percurso. alguns pontos das nossas conversas sempre viram eco na minha cabeça. as vezes penso que estou ouvindo minha própria boca, as vezes acho que é demais para mim. me desconfortei, e percebi-me a pé consolação abaixo com frio pensando na minha vida cheirando a éter. ando muito vulnerável e isso não é segredo. nem eu conseguiria que fosse. em parte acho que a febre diária ajuda evaporar os sentido mais rápido. uma hora só vai sobrar mesmo a angústia e aí não vai dar mais pra fingir nada não senhora. até então tô indo até que bem sim. passei invisível por um bando de pivetes cheirando cola e urina, travestis da rego freitas e até esqueci minhas pernas. mas as coisas continuam martelando na minha cabeça.

tomboy

hoje uma escravocrata do Banco do Brasil disse que eu sou "muito legal , mas tenho cara de sapatão." =(

a mesma que ontem estava louca louca de pó e mascava um chiclete imaginario enquanto dizia que não tinha mais nariz. eu sempre soube disso mas é tào ruim quando os outros falam asssim, na lata.

onibus. estou no anhangabaú e logo em seguida rodando e rodando again. lapsos de memória e me vejo na heitor penteado com os bottons da minha bolsa presos na barra da minha calça. larga, muito larga e comprida. o all star da minha irmã é grande pra mim e faz eu tropeçar pela calçada. a república com nome estranho cheira maconha constantemente e a trilha sonora mistura o bom e velho drug ludwig com coisas como james brown. há muito tempo eu não pisava ali, mas hoje eu precisava e o quarto estava muito diferente. minhas costas encontraram o colchão duro duro duro e ficaram ali, conhecendo-se até a campainha tocar. uma menina louca, louca de pó chegou com a chave do carro dizendo que não podia mais dirigir e quase teve uma crise de hiperhidratação. momentos o-de-lay e estamos no quarto de novo. a luz que sai do lustre faz desenhos estranhos no teto e eu sei que sempre me contradigo e não posso beijar na boca. mas agora é tarde e no onibus de volta eu já me apaxonei por hoje.

pra não dizer que não ando falando sobre música

O Ampli Volume 01 - Festival de Rock Alternativo traz bandas expressivas ao palco dos quatro dias de evento. Nomes como Lobão (RJ), Júpiter Maçã (foto) (RS), Cansei de Ser Sexy (SP), Cachorro Grande (RS), Sapatos Bicolores (DF), Autoramas (RJ) e Wonkavision (RS) participam das apresentações.
Confira a programação:


28/07 - 21h - Lobão (RJ), Suíte Super Luxo (DF) e Os Excluídos (SP)

29/07 - 21h - Júpiter Maçã (RS), China e banda (PE) e Cansei de Ser Sexy (SP)

30/07 - 21h - Cachorro Grande (RS), Sapatos Bicolores (DF) e Gasolines (SP)

31/07 - 18h - Autoramas (RJ), Wonkavision (RS) e Suzana Flag (PA)

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

então, ou o tal tiago tem dupla personalidade,
ou agora eu ganhei um novo stalker de presente,
ambém desconhecido e chamado bruno -o de jundiaí.

MoDiMiDOFrSaSo

a ultima coisa que eu precisava na sexta-feira era voltar pra casa num taxi, ouvindo ana carolina. músicas de dor de cotovelo. todas as anas carolinas sofrem de dor de cotovelo crônicas. nos dois braços. principalmente de madrugada e no banco traseiro. deixando a sexta-feira de lado, eu já falei daquele menino? era como um domingo pra mim. tinha o poder de me fazer sentir tão feliz, esperançosa e em paz, como uma manhã de domingo faz. mesmo contra a vontade dele. aquela sensação de que o mundo pára para que a gente ande no parque de mãos dadas. por outro lado, se a manhã era quase cenário bucólico de contos de fada, nada me machucava mais e de forma tão rápida quanto domingos pela tarde.me traziam angústia e preguiça. preguiça de existir. e ele era como esse domingo. me fazia tão feliz e tão triste. assim, num estalar de dedos, e eu sempre detestei estalos. sem que pudessemos escolher um ou outro. sem que eu pudesse fugir.

queixo duro

peek-a-boo,

ou o perfil da bruxa do mar, uh?

O VESTIDO

No armário do meu quarto escondo de tempo e traça
meu vestido estampado em fundo preto.
É de seda macia desenhada em campânulas vermelhas
à ponta de longas hastes delicadas.
Eu o quis com paixão e o vesti como um rito,
meu vestido de amante.
Ficou meu cheiro nele, meu sonho, meu corpo ido.
É só tocá-lo, volatiza-se a memória guardada:
eu estou no cinema e deixo que segurem a minha mão.
De tempo e traça meu vestido me guarda.

Adélia Prado

p/ Andera, q coração quis assim.