28.7.05

onibus. estou no anhangabaú e logo em seguida rodando e rodando again. lapsos de memória e me vejo na heitor penteado com os bottons da minha bolsa presos na barra da minha calça. larga, muito larga e comprida. o all star da minha irmã é grande pra mim e faz eu tropeçar pela calçada. a república com nome estranho cheira maconha constantemente e a trilha sonora mistura o bom e velho drug ludwig com coisas como james brown. há muito tempo eu não pisava ali, mas hoje eu precisava e o quarto estava muito diferente. minhas costas encontraram o colchão duro duro duro e ficaram ali, conhecendo-se até a campainha tocar. uma menina louca, louca de pó chegou com a chave do carro dizendo que não podia mais dirigir e quase teve uma crise de hiperhidratação. momentos o-de-lay e estamos no quarto de novo. a luz que sai do lustre faz desenhos estranhos no teto e eu sei que sempre me contradigo e não posso beijar na boca. mas agora é tarde e no onibus de volta eu já me apaxonei por hoje.