8.4.05

insonia

há um momento em que o senso das coisas parece nada e as pausas entre as palavras ficam pesadas formando imensos vãos em que o discurso dos sãos torna-se a doença as pudicas se despem da decência os céticos de súbito se entregam ao espirito uma hora niilista em toda madrugada em que a gente se mata ou se liberta
e eu que não tinha pesadelos